sábado, 4 de junho de 2011

Colação de grau da EZAMAZ. Auditório da UFPA. Três colações em uma tarde só.

(Foto: O primeiro é o Augusto Santos, meu professor, amigo e dono da empresa organizadora deste evento, a segunda sou eu e, os outros, são membros da equipe organizadora e recepcionistas.)

Não posso dizer que esse foi o melhor evento que já trabalhei, porque teve outros muito bons, mas foi o que mais gostei. Não tinha festa, não tinha músicas pra dançar, era somente a cerimonia, mas ainda assim foi maravilhoso. Sabe quando você está em um lugar que se sente bem, como se fosse feito pra você? Assim foi esse evento para mim. Descobri minha vocação, ou o começo dela.
Foi um evento cansativo, confesso, exigiu muito esforço de todos da equipe, mas foi um sucesso.
Lhe dar com as pessoas não é nada fácil e em um evento como este, é necessário muita atenção, pois qualquer erro é notado, mesmo que seja somente por uma pessoa.
Teve um momento em que eu estava passando mal, porque não tinha almoçado direito, mas mesmo assim continuei, porque o evento precisava de mim. Aprendi que para conseguir algumas coisas é necessário sacrificar outras. Não que eu estivesse sacrificando a minha saúde, mas se existem pessoas que não tem as duas pernas e correm em competições, porque eu iria desistir?
Aprendi que é necessário estar ligado em todo evento, não importa se você é recepcionista, mestre de cerimonia, responsável pelo som ou iluminação, ou se você está em cima do palco. Um bom profissional está sempre um passo a frente de todos os outros, e se todos os outros estiverem também a um passo a frente, então o evento será um sucesso. Não que esteja isento de erros porque, como diz meu professor Augusto Santos, cerimonial é meio e sempre haverá mudanças, imprevistos e erros. O que não dá é pra ficar se lamentando e pensando no erro cometido, porque ele não tem mais volta. O certo é pensar nas soluções, elas sempre aparecem quando você pensa nelas.
Um fato engraçado neste evento: na ultima colação, meu professor que era o mestre de cerimonias, ao anunciar a faculdade, disse FAMAZ ao invés de EZAMAZ. O diretor olhou para ele com aquela cara de surpresa e ele, infelizmente, só pôde corrigir o erro, pois não tinha mais volta.
Eu também cometi muitos erros, afinal não tenho experiência. Não que isso justifique, mas errei e muito. Me liguei tanto no público e nos colandos que me desliguei de outros momentos importantes. O mestre de cerimonia precisava de mim para uma função e eu nem o olhava. Precisou mandar outra pessoa me chamar para que eu o notasse. Ele, ao contrário de todos ali, mesmo em cima do palco, estava atento a tudo, e viu erros que ninguém viu, e erros meus que nem eu vi. Isso é estar ligado no evento.
Aprendi que na hora do imprevisto você precisa tomar uma decisão, mesmo que não seja a correta, o que não pode é ficar sem fazer nada. Pessoas sem atitudes se tornam péssimos profissionais e, em eventos, só atrapalham. E se for a atitude errada, você será cobrado por isso, mas aprenderá. O certo é sempre cometer erros novos.
No fim do dia eu estava "quebrada". Meus pés doendo e cheios de calo e meu corpo pedindo banho e cama. Meu professor me perguntou:
-Cansada?- E eu respondi que sim. Ele disse que ainda dava tempo de desistir dessa profissão. Mas eu respondi:
-Agora eu tenho mais certeza de que é isso que eu quero para minha vida.
Nada melhor do que aquilo que nos faz feliz e satisfeitos.

Acho que por hoje é só. Postarei outros eventos ao longo dos dias, conforme for me lembrando e aprendendo (novamente) com eles.
Críticas, sugestões, comentários e elogios serão muito bem vindos, afinal, tudo pode melhorar.

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