segunda-feira, 18 de julho de 2011

INAUGURAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Quando participamos de um evento - seja uma festa ou uma cerimônia regida por leis, decretos e protocolos - costumamos reparar em certas coisas que não deveriam acontecer em público. E quando já temos algum conhecimento sobre o assunto o ato adquire outra conotação. E neste evento o que, para algumas pessoas foram acontecimentos normais em qualquer evento, para o profissional seria um desastre.

Um Mestre de Cerimônia (MC) tem que estar por dentro do que acontecerá no evento. Não precisa saber de tudo, é claro, mas no mínimo precisa ter lido o briefing (o que vai acontecer na cerimônia) para que possaconduzir a cerimônia de acordo como se espera do mesmo, sem improvisos, sem erros. O que não acorreu. O MC parecia muito inseguro. Chamou por duas vezes um dos políticos que iam compor a mesa, sendo que este ainda não havia chegado. Só depois de alguns segundos - o que pareceu uma eternidade para quem estava olhando - é que alguém da organização veio avisá-lo da ausência da autoridade.
O roteiro da cerimônia é feito pelos organizadores, e estes necessitam estar focados em tudo o que está acontecendo e no que ainda pode acontecer. Foi aí que os problemas começaram a aparecer. Quando as falhas aconteciam, a organização corria para corrigi-las – ninguém se antecipava. Esperavam o MC nominar o político para, em seguida, avisá-lo que o mesmo não havia chegado.

Um detalhe aconteceu na hora dohasteamento das bandeiras. A cerimônia iniciou com as autoridades convidadas para compor a mesa oficial e, depois que estavam todos sentados, foram convidadas a levantar-se para hastearem as bandeirasem outro ponto do local da cerimônia. Ou seja: tirou-se o foco do primeiro ato e no retorno destes será que sentariam nos mesmos lugares, respeitando a precedência de cada um? Não seria muito mais prático e organizado se acontecesse primeiro o hasteamento das bandeiras, para depois serem convidados á comporem a mesa?

Outros pontos importantes do evento:
- Foram hasteadas as bandeiras do Brasil, do município, e da instituição. Não estava a do Pará, mas isso não é obrigatório. A ordem de precedência estava correta: a do Brasil ao centro, a do município ao lado direito desta e da instituição do lado esquerdo. O que deve ser ressaltado neste ato cívico é que o correto é todos os que hasteiam as bandeiras ficarem de frente para o público ou para um determinado ponto de referência e não cada qual em uma posição, o que aconteceu como comprova a foto abaixo:

Quem está hasteando a bandeira do município é o ex-prefeito, afastado judicialmente, ao invés do prefeito em exercício. Coisas da política.

Um evento só acontece com sucesso quando há uma equipe treinada e experiente trabalhando, quando todos estão focados e ligados no entorno. Este evento não teve uma equipe. A maioria das recepcionistas só estava ali para cumprir horário questionando a hora de irem embora. Os que deveriam agir como líderes, não fizeram jus ao cargo e deixaram todos os outros por conta própria.

- As cadeiras eram poucas e algumas estavam reservadas para os convidados oficiais. Só que ninguém avisou isso para os outros participantes e só depois que estavam acomodados foram convidados a se retirarem de seus lugares, um inconveniente que causa desconforto aos participantes.

Planejar, organizar e executar eventos não é para qualquer um. Fazer eventos necessita de pessoal treinado, habilitado, com experiência, pois o que está em jogo é a imagem da instituição, a imagem do cliente. É essa que sairá arranhada ou mal vista junto a comunidade em caso de falhas graves, como o que aconteceu neste evento.